segunda-feira, agosto 13

Aquilo que eu amava


Sempre acreditei que o amor floresce num certo tipo de afastamento, que o amor, se queremos que dure, exige de nós uma distância respeitosa. Sem esse recuo necessário, sem essa capacidade de separação, as particularidades físicas do outro são forçosamente ampliadas e os nossos olhos passam a vê-las de outra maneira ...

Siri Hustevedt, "Aquilo que eu amava", p.51


Pintura: Julião Sarmento, Inadequate Readings (an intruder in his own), 2003

1 comentário:

Nilson Barcelli disse...

Talvez...
Nunca tinha pensado nisso.
O "Amado mio" é lindo.
Beijinhos.