sexta-feira, janeiro 12

Sentir (muito)





Queria deixar de sentir-se, mas não queria morrer.
Então, desligou-se completamente da Internet, deitou fora o telefone, e logo se sentiu muito pouco, quase feliz.

Luís Ene


Fotografia: Schatz

2 comentários:

Anónimo disse...

Inventámos grilhetas para nos libertarmos. Que absurdo!
(A propósito de telefones, internet, aos quais somaria a tecnologia em geral, o conforto, ...)

XannaX disse...

Verdade! que absurdo... como a sensação breve de liberdade pode ser vivida tão intensamente! mas sabes, não podemos lamentar as grilhetas, porque como artefactos são extraordinárias. temos sim que ter a noção e a certeza que podemos controlá-las e abri-las sempre que nos mordam ...