Olhamos o céu e a lua desafia-nos recortada numa tela de um imenso escuro, pequeno mundo desenhado no céu. Bela a noite. Não digas nada. Olha-me simplesmente nos olhos nesta despedida até breve. Muito breve. Até mesmo muito breve. E a noite vem de facto de um prelúdio distante. É tudo tão longínquo. Esta espécie de dormência em que me movo...
Não digas nada. Olha-me nos olhos. É tão bela a noite.
Quando voltares encontraremos outros rumos. Iniciaremos outros caminhos em direcção ao centro de nós, escapando à inadmíssivel mágoa. A luminosidade é espantosa, lá em cima, no imenso céu escuro. O tempo escapa escorrendo entre os dedos e nós, aqui, num sufoco estranho, profundo, em que tudo se volatiliza, desaparece e dói.
Não digas nada. Olha-me nos olhos, depois, então, o céu!
Fotografia:
3 comentários:
Olhei-te nos olhos, continham a Lua!
Está bem, eu fico calado....
Mas não resisto a dizer só uma coisinha antes que vás: gostei deste texto.
Beijinhos.
Eu também gostei! Mas olha que nem sempre é fácil olhar nos olhos de alguém e não dizer nada!:)
Beijos
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