Em cada abandono, em cada desilusão, em vez de desprendimento aprendemos o cinismo. Os namorados antigos aparecem para nos dizer, num ronco de moto enferrujada: "tornaste-te amarga, não eras assim. Tu não eras assim." Antes nos dissessem, com clareza: "Envelheceste." Para onde vão os primeiros beijos, os filhos sonhados pelos namorados efémeros, o amor demasiado aflito para viver?
Inês Pedrosa
Fotografia: autor desconhecido
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